quarta-feira, 2 de junho de 2010

Fim-de-semana à grande!

Quem é que consegue ter um bom dia de trabalho quando, mesmo antes de sair de casa, tem um projecto de pessoa no sofá, com os braços esticados, que diz:

"Oh mãe... não vai tabalhar; não?"

Até uma porta blindada se derrete ao ouvir tal demonstração de afecto.
Voltei atrás e expliquei:

"Filha, a mãe vai trabalhar, mas nada temas! Como a mãe passou a ser uma pessoa normal vai meter o dia de 6ª feira de férias e fazer ponte com o fim-de-semana." (Por dentro há uma voz histérica que grita de prazer - há q'anos que queria fazer isto!).

Já só faltam umas horitas e voilá! Lá vou eu de fim-de-semana prolongado que é uma beleza. Amanhã podem chover picaretas que me encontram na praia!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Cliché - não tenho tempo e tal...

Mas é verdade. Os últimos dias foram tão turbulentos que nem sabia para onde me virar.
Aconteceu. O que eu esperava aconteceu.
Se eu queria que fosse assim? Não.
Se eu me sinto injustiçada? Um pouco.
Se eu acho que estou a ser intransigente? É possível.
Se eu estou feliz? Muito. Porque no fundo sou mesmo boa pessoa e não consigo deixar de acreditar. Será que é desta?

Uma coisa é certa.
Esta 6ª feira fico maluca porque amanhã é Sábado e depois Domingo.
E para a semana também...
E para a outra também...
E a outra... Também.

EU DEIXEI DE TRABALHAR AOS FINS-DE-SEMANA!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Fã da Carris

Há dois dias fui a uma festa de aniversário para a qual a Luísa foi convidada (sim, a Luísa, não eu; a Luísa que nem 23 meses ainda completou, mas já é convidada para festas). De conversa com outras mães e avós disse que tinha estacionamento próprio no local de trabalho, mas que não levava carro. Perguntam-me porquê.

Porque não preciso. Porque posso ir de transportes. Porque não quero encher a minha cidade com mais um carro. Porque a poluição visual de ver tanto carro na rua me chateia. Porque me sabe bem ver outras pessoas. Porque não vale a pena falarmos mal dos políticos que tomam decisões em cimeiras se nós não fazemos nada para mudar.

Claro que não sou radical, levo o carro às vezes. Quando preciso. Quando não venho para casa mas para um sítio mais longe. Quando chove torrencialmente no Inverno e tenho de levar a Luísa.

Mas posso orgulhar-me de já ter usado muito mais o carro do que hoje em dia.

É certo que vivo numa zona priveligiada. Mas as pessoas que dizem que não temos bons transportes, podiam experimentar. Assim, só de vez em quando...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O Limbo

Sabem o que faço quando me olham de alto a baixo?
Olho da mesma maneira. Para confirmar se o sapatinho tem dourados e se a meia branca não aparece.
Por isso, olharem-me de alto a baixo, não me incomoda. Mesmo nada.
O que me incomoda é achar que uma pessoa me conhece minimamente e, pasme-se, afinal não! E quando isso acontece, eu perdoo, mas não esqueço e nunca mais serei a mesma com a dita pessoa.
Mas o problema é que as coisas não se definem e eu detesto andar no limbo. (Que, ainda por cima, fechou, segundo o Vaticano.)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Ontem vi o Papa no Rossio!

E o concerto de Mika no Campo Pequeno!

Adoro as misturas da minha vida!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Ontem, 10 de Maio

Tenho medo de falar, de pensar e, sobretudo, de acreditar.
Será que é desta?

Pode ser que o Papa influencie a meu favor... Ou a nosso favor.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Campeão

Os meus sinceros Parabéns aos benfiquistas.

(...)

Mas era mesmo necessária aquela barulheira à minha janela?

sábado, 8 de maio de 2010

Vamos ao Bairro? (não confundir com o arqueológico)

Ao final da tarde de ontem percebi porque estava assim.
Precisava de fazer qualquer coisa para soltar a energia e as lembranças que não paravam de surgir. Ontem.
Então, às vezes, é preciso vencer "o marasmo que nos atordoa" e fazer um esforço para mexer. Mesmo quando passamos o dia a trabalhar, chegamos a casa tarde e cansados e só apetece ir dormir. Mas ontem não. Um esforço para levantar do sofá, escolher uma roupa, pôr essa roupa e sair.
E só podia ir ter contigo, não é?
Às vezes gostava de ter mais coragem para te dizer como gosto de ti. Como a nossa amizade é das coisas boas da vida, como se não fosse a tua amizade estes últimos anos teriam sido diferentes.
Seguramente com menos piada.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O dia de hoje

Não sei o que me está a dar hoje que não páro de dizer parvoíces e estou super bem disposta! É que não sei mesmo, porque acordei às 7 da manhã e ainda não parei de trabalhar. Não parei, nem vou parar, hoje o dia de trabalho só acaba lá para as 21horas...
Ainda por cima o dia não começou bem. É que a minha casa tem um buraco negro. É que tem mesmo, não há outra explicação pláusivel para as coisas que por lá se passam. Se não, vejamos: onde está a mochila azul, pequenina, que tanto jeito me dá para dias em que saio de manhã para trabalhar e só volto à noite? Pois que não sei! Procurei em tudo quanto era sítio e nada!
Resultado?
Encontrei uma mochila do equipamento finlândes da Gymnaestrada de 1999, que saquei a uma dita finlandesa, dando-lhe em troca a mochila do equipamento Tuga! Ah, que maravilha, passear-me pelas ruas de Lisboa com aquela pérola às costas, com ar de quem ia para o acampamento!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Livros de História e livros de estórias

Resolvi mandar o curriculo para um Atelier de Arquitectura. Se eu sei desenhar casas? Não. Se eu faço a mais pequena ideia de como se constrói um plano urbanistico com cabeça, tronco e membros? Sei lá!
Mas se há tanta boa alminha que escreve livros "de História", "biografias" de monarcas e coisas que tais, porque é que eu não posso, sei lá, ir ao Tribunal defender alguém? Lá porque tenho o curso de História, porque não posso ir para a profissão que me dá na telha? Não entendo.

Atenção. Eu leio qualquer coisa - desde que seja honesta. Exemplo? "A Papisa Joana", é um ROMANCE que utiliza uma figura que existiu; mas a estória que lá vem é absolutamente inventada. E isso está lá dito, ninguém pode dizer que vai ao engano.

Agora, quando me tentam espetar com livros escritos por pessoas que não fazem a menor ideia do que é a História, isso não. E depois é uma alegria digna de José Mattoso, porque tanto escrevem sobre rainhas do śeculo XV como rainhas do século XX!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Que tristeza

Eu cá não sei se é por ser 2ª feira de trabalho, após um fim-de-semana fantástico. Mas eu hoje sinto-me tão triste que não consigo parar de pensar na Crise. No estado do país, no estado das pessoas sem emprego... Bolas, e se me acontece a mim? (pensamento egoísta, eu sei...) É que nunca passei por isso. Eu, muitas vezes, maldigo o meu emprego, mas o que é certo é que acabei o curso e já tinha trabalho (não, não foi por cunha, foi mandar o mail certo na hora certa - sorte).
Que mundo vou eu deixar aos meus filhos? Parece que isto não há meio de se indireitar.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

No meu sofá

Estou farta de estar sózinha em casa. Não é que não goste, mas às vezes aborrece, pronto(s)! A miúda está a dormir há uma hora e eu aqui, feita tonta no sofá, sem
saber o que fazer...
Amanhã sou uma pessoa normal. No dia 1 de Maio ninguém trabalha lá no sítio onde eu trabalho (sim, já sei que é sábado e tal, mas as pessoas que trabalham com folgas rotativas - como eu - ficam contentes, mesmo sendo ao sábado). Com um bocadinho de sorte e muito mel, consegui o dia 2 (domingo). O que quer dizer...

QUE CHEGOU A MINHA VEZ DE EXPLODIR DE FELICIDADE PORQUE É 6ª FEIRA!

Fomos ao...



Noo Bai, em Sta Catarina. Esta é a melhor esplanada de Lisboa!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Aniversário

Hoje faz 3 anos que saí de casa.
Faz 3 anos que tenho de me preocupar com iogurtes e lida da casa.

Hoje faço 3 anos de "casada" -» mas hoje é, sem dúvida, a data mais importante.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Eu não sou um alienigena, eu só não tenho fins de semana

Eu não trabalho de 2ª a 6ª, como a maioria dos mortais.
Eu trabalho com folgas rotativas. As folgas, para mim, são como o fim-de-semana para o comum dos mortais. Quando a minha folga calha num dia de CALOR, como hoje, aqui a boa da Maria Inês gosta de vestir uma coisa levezinha. Como se fosse fim-de-semana.
Hoje vesti um vestidinho azulinho de Verão, muito levezinho. A caminho da faculdade - hoje tive de lá ir, maldito Mestrado - senti que as pessoas me olhavam com ar estranho. Eu fui a pé, por uma das ruas mais movimentadas da cidade, onde toda a gente ia vestida para trabalhar.
E eu não. Ia com roupa de fim-de-semana. Mas eu ESTOU no meu fim-de-semana. E está calor!

domingo, 25 de abril de 2010

25 de Abril

Não há 25 de Abril que não me emocione. Deve ser a música, que me lembra a minha primeira infância. Nesta altura, a minha história (ou estória) preferida era contada pelo meu pai. Onde é que ele tinha estado no 25/Abril (sem qualquer alusão ao Baptista Bastos).
Claro que a ideia que eu tinha do 25 de Abril já foi mais romanceada. Senão vejamos.

Os meus pais diziam que eu era uma criança de Abril, que só tinha nascido porque o 25 de Abril tinha existido. Que se não fosse este dia eles não se tinham conhecido. E eu, imaginava o meu pai e a minha mãe a olharem um para o outro, em pleno 25 de Abril, no Chiado. Olhavam um para o outro, o meu pai oferecia um cravo vermelho à minha mãe e pronto, amor para sempre (ou quase, mas isso só saberia uns anos mais tarde).

Muito tempo depois, soube que eles se tinham conhecido, uns anitos mais tarde, num Partido Político que vivia na clandestinidade antes do 25 de Abril. Daí o "se não houvesse o 25 de Abril, tu não nascias". Romantismo por água abaixo!

sábado, 24 de abril de 2010

Meia hora para mudar a minha vida


Já não sou uma jovenzinha (embora este ano tenho tido - de novo - direito ao Cartão Jovem), mas se há coisa à qual eu não resisto é a um livro da Alice Vieira. Quando sai um novo, vejo, cheiro, pago, saio. Devoro nos dias seguintes. Ela deve ser a minha escritora favorita, não encontro paralelo com outra. Leio os livros dela desde a minha pré-adolescência (seja isso onde for).
No outro dia vi-a num café do Chiado. Estávamos ali, mesa com mesa. Fiquei a olhar embevecida, como se fosse uma adolescente urbano-depressiva e ela a vocalista dos Tokio Hotel. Claro que eu não queria um autografo no joelho, só se tivesse um livro dela na carteira. Mas fiquei com pena de não ter tido coragem de lhe ir dizer "Gosto mesmo de ti, pá!".

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Cremes

Sempre fui um pouco viciada em cremes.
Vai daí, hoje iniciei um creme para o corpo de uma marca relativamente recente no mercado, cujos produtos são feitos do resto das uvas que ficam depois de se fazer o vinho (acho que isto tem nome próprio, mas eu não sei). O meu pai, que percebe destas coisas, disse que o creme era bom e eu, louca por cremes, lá me besuntei toda hoje.
O problema é que aquilo cheira a vinho. Não me apercebi logo, só dei conta com o decorrer da manhã, porque sentia um cheiro esquisito à minha volta e ainda demorei um pouco a perceber que era de mim (oh God!).
Devo ter causado uma bela impressão no parque infantil. A respeitável mãe com a criancinha já se meteu nos copos às 10 da manhã...

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Menos é mais

Se eu mandasse nenhuma criança/adolescente apanharia uma seca num Museu.
Vejamos um caso prático:
Uma turma do 9º ano, vinda do Porto, marca uma visita orientada para um Museu de Lisboa. Horário: 16h. A visita era para percorrer todo o Museu, durante, 1h30m.
Ora, esta turma já tinha estado em outros locais ditos "cultos" em Lisboa durante o dia. E, no final do dia, ainda tiveram de levar com a missa cantada no Museu. E sabem o que eles levaram mais? A pouca vontade de voltar. Eles não vão chegar a dizer aos pais "oh, foi tão giro, vamos lá porque não vi tudo!". Não absorveram nada, não ficaram com vontade de voltar, não vão ficar com uma boa recordação.
Gostava que isto não acontecesse. Professores, metam na vossa cabeça que "menos é mais" e que não é assim que chegam à tão falada motivação dos alunos.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Que raio de dia

Do meu local de trabalho vejo o rio Tejo e boa parte de Lisboa.
Que raio de dia é este em que me sinto num beco sem saída, sem saber o que fazer?
Não era isto que eu queria? Então porque não mando o raio do mail?

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Fim-de-semana

Sexta-feira passada chegou a minha vez de pular de alegria. Quem tem um fim-de-semana por mês, como eu, quer aproveitar ao máximo. É que nem a chuva consegue estragar a boa disposição.

Obrigada queridos amigos que jantaram lá em casa no Sábado, porque deixaram a casa cheia de restos! Ontem à noite foi um fartóte de hour d'oeuvres. Mas não foi só por isso que gostei de vos ter lá. Há quantos anos andávamos a falar em fazer algo assim? Querida amiga da "terra que põe placas só quando nós chegamos porque no fundo ela não existe" - fico à espera do convite para a casa nova.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Numa sala de espera...

Não sei se perceberam mas ontem fui ao dentista... Como a caminho do dentista ia MUITO nervosa, resolvi comprar uma revista do social que sai às 4ªs feiras, para me descontrair enquanto esperava (infelizmente foram só 10 minutos).

Nessa revista percebi que sou uma besta. Uma jovem mãe, moça para a minha idade, à saída da maternidade com a sua cria, dizia que não conseguia parar de olhar para ela e que eram indescritiveis os sentimentos que tinha. Bom...
Eu não conseguia parar de olhar para a Luísa porque ela passou duas noites na maternidade a berrar; assim que ela fechava o olho, ÓBVIO que parava de olhar para ela - fechava os meus também. Os sentimentos que tinha eram de um profundo cansaço. Se me perguntarem: "ah e tal, mas não gostavas dela?". Então era minha filha, claro que gostava! Mas, pelo menos comigo, foi como apaixonar-me - um processo (sim, que eu não acredito em amor à primeira vista). Isto que estou a dizer pode chocar algumas pessoas, mas é sincero. Uma coisa foi o profundo instinto de protecção que senti; outra coisa foi felicidade de pular "ai que feliz que eu sou". Isso só lá para o fim do primeiro mês, quando as hormonas (sempre em grande) começam a acalmar...

E a moça lá continuava a dizer que com a filha tinha nascido também o ensinamento para tratar dela. Bolas, eu até tenho um irmão mais novo, mas vestia-a toda ao contrário e dei-lhe banho, pela primeira vez, quando ela tinha para aí uns 4 meses (não se assustem, o pai dava-lhe banho!). E as fraldas? Sabia lá eu pôr aquilo!

Devo ser mesmo uma besta.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

terça-feira, 13 de abril de 2010

Primavera

Tempos houve em que, agarrada à barriga, era capaz de rebolar a rir com pessoas que diziam ser alérgicas à Primavera. Pensando bem, ainda sou capaz de o fazer, porque acho que o melhor remédio para a vida é conseguirmos rir de nós próprios.

Ano passado - primeira Primavera com a Luísa - lá para Março, comecei a espirrar sem parar (parar, até parei, mas foi só lá para Setembro). Este ano, a mesma coisa. Tenho comichão na garganta, olhos pesados, cabeça pesada, pingo no nariz.
Fico melhor se tomar um antistaminico - claro aquilo põe-me a dormir e esqueço o meu estado deplorável.

sábado, 10 de abril de 2010

David Fonseca

Que concerto!
Das coisas que me dá mais prazer na vida é ir a um bom concerto. A companhia é quase sempre a mesma, "a minha amiga dos concertos" e é sempre divertido (até porque tudo o que fazemos é divertido, nunca nos aborrecemos nem daquela vez que fomos convidadas para ir a um concerto de japoneses no Teatro São Luíz e fugimos a meio...).
Voltando ao David Fonseca, o concerto foi mesmo bom. Porque - e não me venham com tretas - ele é um excelente músico. E cantou uma música dos Humanos e ainda deu um cheirinho de Silence Four (esse concerto, em 1998, mudou a minha vida; sim, eu estava lá no Pavilhão Atlântico!).
O Coliseu - por mais defeitos que tenha - é o Coliseu. Eu cá, gosto; foi lá que vi o meu primeiro concerto "a séria" da vida. Tinha 14 anos e fui ver Bjork (sei que tem aqueles pontinhos no "o", mas este teclado não tem).

sexta-feira, 9 de abril de 2010

?!?

Quando chega a minha vez de ficar eufórica quando é sexta-feira?

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Pessoal do meu Bairro

Eu gosto do sítio onde moro.
Talvez seja o sítio onde morei, até hoje, que mais gosto.
Grande parte da minha vida morei no Restelo. É local que sinto como minha casa. Quando lá vou, tenho uma sensação de paz que nunca mais encontrei em lado algum. É lá a minha casa, conceito que para mim sempre foi abstracto.
Depois mudei-me para Alfragide onde vivi 5 anos. Odiava lá morar, nunca me senti bem naquele bairro onde entrava e saía sem que ninguém desse por mim. Uma das razões porque eu não gostava de lá estar era o facto de ter perdido o estatuto de menina do Restelo que, "de surra" gostava de cultivar.
Agora, onde moro, há a familiaridade do Restelo com a vantagem de se estar no centro de Lisboa. Bem pertinho de uma estação de Metro, como eu sempre quis.
Quando vou ao parque com a Luísa encontro sempre as mesmas pessoas e falamos. Uau, eu sou uma pessoa conhecida no meu Bairro. Conseguem, aos poucos, levemente, passar-me um sentimento de pertença que é tão raro eu ter...
Hoje decidimos organizar-nos para reclamar na Junta sobre o estado do Jardim. Parece ser uma coisa em grande.

Vou ter pena quando sair daqui.
Estou desde 3ª feira em casa, por motivos de força maior (quem tem filhos...). Confesso que estes dias não me estão a saber mal de todo. O pior, é que tenho muito tempo para pensar...

Preciso de dar uma volta à minha vida. Já há algum tempo que sei que a vida, pelo menos a minha, é ciclica. Já passei por alguns ciclos, não muitos que só tenho 28 anos.
No Verão de 2005 fechei comecei a fechar um ciclo. Agora - e por outros motivos - preciso de começar a fechar outro. Bom, se não pensar assim dou em doida.
Tenho tanta coisa boa na vida, mas falta-me o abanão para isto andar para a frente como deve de ser. Preciso de mais tempo para fazer o que gosto. Preciso, principalmente, de ter o tempo quando quero.

Se eu não saio daquele sítio brevemente vou dar em doida.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Olha! É dia 31!

E eu entreguei o trabalho final de Mestrado ontem.
Mas não foi o fim...
Depois de muitas conversas com os meus orientadores, eles convenceram-me de que eu podia fazer melhor. Convenceram-me a reformular. Ou seja, o que entreguei ontem vai voltar para trás e eu vou reformular as partes mais fracas (A parte mais forte é aquela sobre os Museus e Serviços Educativos. Mas porque é que eu não me dediquei a isso?!).
Pelas minhas contas tenho até meados de Julho.
Tudo o que eu queria era descansar a cabeça e não pensar mais nisso.
Mas não estou a ver o fim.

domingo, 28 de março de 2010

Lista de Agradecimentos

Na minha lista de agradecimentos do Trabalho de Projecto de Mestrado escrevi a seguinte frase:

«Aos meus pais que cedo me deram a conhecer castelos, ruínas e museus. E nunca questionaram as minhas escolhas.»

ERRADO!

Porque não me levaram a Tribunais? Ou Hospitais? Ou Empresas com Gestores bem sucedidos?

E porque é que, quando eu cheguei a casa vinda da Faculdade do meu curso de Comunicação Empresarial e disse: "Vou desistir. Quero ir para História que é o que eu gosto desde pequena.", eles não me deram duas bolachas na cara e me disseram "tem juízo"??

Não se compreende...

sábado, 27 de março de 2010

quinta-feira, 25 de março de 2010

É já na próxima 4ª, dia 31

Eu não devia estar aqui.
Os minutos que aqui perco são preciosos. Hoje ainda não me levantei desta cadeira (só para comer, que isso não falha!) em frente ao computador. Já desesperei e chorei de raiva. Para quê fui eu meter-me nisto? Não ficava tão linda com a Pós-Graduação, não? Pois tá claro que ficava! Mas paguei 1200 euros pelo fim disto e, sovina como sou, não vou deitar dinheiro à rua (ou de mão beijada à Faculdade.

Eu não era assim. No curso, muitas vezes, um mês antes da data final eu já tinha os trabalhos quase prontos. O que se passa comigo?

Não vale a pena queixar-me. Alguém faz isto por mim? Não. Eu vou fazer. Eu vou entregar.

sábado, 20 de março de 2010

Mamã adoro-te, mas...

A contagem decrescente para a entrega faz com que tenha abusado um pouco do exílio da Luísa em casa dos avós. É que eu nem sou muito de me sentir culpada, e nem sinto. A Luísa tem lá ficado uma noite ou duas em cada duas semanas para nós trabalhármos e ela até se diverte, que rambóia naquela casa não falta!

O que falta, querida mãe, é respeito pelas minhas regras. (Será que é só comigo ou acontece com todas as filhas/mães/avós?)

Ora bem, ninguém deixa a gaiata atirar coisas para o chão ou bater em adultos. Não é por aí. Mas...

Avó - A Luísa deve ter fome para jantar, não?
Eu - Não, lanchou há uma hora.
Avó - Então vou aquecer a sopa dela!

Respira, Respira, Respira

Avó - Ela precisa de tomar banho.
Eu - Pode tomar amanhã.
Avó - Mas ela gosta tanto...
Eu - Ok, então dá-lhe mas não lhe lavas a cabeça, já é tarde e lavou ontem.

Passada uma meia hora oiço o secador de cabelo.

Eu tento acalmar-me, porque discussões familiares nesta altura do campeonato é coisa não-desejável. Mas quer-se dizer, a bem da verdade...

terça-feira, 16 de março de 2010

Sem fim

Oh meu Deus (Buda, Alá, Confúcio...) !!!

É o meu último dia de férias, devia ter o trabalho pronto. E não tenho.

O MEU TRABALHO DE FINAL DE MESTRADO EM PRÁTICAS CULTURAIS PARA MUNICÍPIOS PARA ENTREGAR NO DIA 31 DE MARÇO AINDA NÃO ESTÁ PRONTO.

Hoje ainda não consegui escrever uma única linha. Ok, eu confeso, nem sequer consegui abrir o ficheiro para olhar para ele.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Fim-de-semana

As férias têm destas coisas. E mesmo aquelas que são marcadas para acabar com uma maldita tese que nem a esse nome pomposo tem direito, mesmo essas... Têm direito ao ócio! E desde 6ª que o ócio foi TOTAL (quer dizer... na 6ª fiquei todo o dia com a Luísa, pelo que não se pode propriamente chamar RELAX...). Que caramba, também tenho direiro! (acho/espero que os meus orientadores não são frequentadores da blogosfera)

Depois de muito passeio ontem, deixámos a cria na avó e fomos ao cinema:
Pois é, estou numa fase da vida que só me apetece ver coisas que me disponham bem. Quando eu andava na faculdade (até parece que já larguei o vício...) ia quase todas as semanas ao cinema e uma vez por ano ao Fantasporto. Via tudo do bom e do melhor! Agora, como para ir ao cinema tenho de fazer rifas para ver quem fica com a Luísa, só vou ver o que me põe bem! E não admito críticas dos meus antigos companheiros de cinema!

Bom... Se eu tivesse dúvidas sobre uma eventual troca de bebés na Maternidade - não tenho porque a vi nascer e não a perdi de vista nem um minuto nas horas seguintes - este fim-de-semana teria a certeza que a Luísa é minha filha! A pancada dela com a comida é igual à minha e é hereditário! O meu pai deu-lhe pão para ela dar aos patos e ela comeu-o!!!!

Ainda do fim-de-semana: às vezes, e custa confessar, tenho saudades de sair da cama às 3 da tarde...

sábado, 13 de março de 2010

Novamente a tal Senhora...

E para provar que não tenho nada contra a dita Senhora do post anterior, ontem fui à sua exposição "Sem Rede" no Museu Berardo e até levei a minha filha!

Embora não seja sensível à sua arte, até a achei jeitosinha...

quinta-feira, 11 de março de 2010

Um Luxo na Reclusão e o Jardim Bordallo Pinheiro

Ontem concedi-me um luxo, neste período de reclusão.
Quando terminei as pesquisas que fazia na Biblioteca da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação eram 11.45. Hora chata. Ainda não é hora de almoço e, normalmente, eu já estou com fome; também não se fazem grandes planos a essa hora, porque o almoço está quase a chegar.
Fui ao Museu da Cidade, que é mesmo ali ao lado, ver a tal exposição das figuras de Lisboa que falei no outro blog há uns tempos atrás. Fantástica, gostei mesmo. Toda os alfacinhas deviam vê-la.
Mas estava um dia tão bonito que resolvi passear pelos jardins do Museu. E, de um momento para o outro, pensei que tinha entrado num vortex e ido parar a uma Marisqueira da Av. Almirante Reis.

Ah não...
Uma senhora que agora faz coisas giras (tipo sapatos gigantes e coisas em Crochet - a minha avó toda a vida fez coisas em crochet e com 94 anos ainda faz, não sei porque não expõe no CCB...) e anda muito na moda, resolveu pendurar coisas no Jardim do Museu da Cidade. Já tinha pendurado umas coisas na Torre de Belém, uns brincos vermelhos!
Eu sou antiquada. Eu gosto de ir aos sítios e ver as coisas como elas são. Quem é esta senhora para andar a pendurar as suas coisas em sítios com esta importância? Porque toda a gente a adora?! Que estatuto ela adquiriu para fazer o que bem entende???

Atenção. Isto não é nada contra o trabalho da Senhora. Confesso que até gosto de algumas coisas dela. Mas deixem estar as coisas como estão. Largem este provincianismo pseudo intelectual de modernizar.

PS - Não consigo por imagens, procurem no Museu da Cidade. Mas não caiam da tentação de pedir uma imperial e tremoços

quarta-feira, 10 de março de 2010

À vizinha de cima

Vizinha de cima, que já viveste cá em baixo:

Os teus berros ao mandar os teus filhos para a cama incomodam-me.
As tuas gargalhadas guturais quando passas a manhã a falar ao telefone incomodam-me.
O teu arrastar de móveis permamente incomoda-me.

Vizinha de cima, que já viveste cá em baixo, imagina que ainda cá vives.

terça-feira, 9 de março de 2010

É agora, vou enlouquecer de vez!

A Luísa tem andado a dormir bem (lagarto, lagarto, lagarto, bato na madeira 3 vezes).
Mas eu não.
Ontem estive a tratar da Bibliografia da tese depois do jantar - eu nunca trabalho depois do jantar (quer dizer, há dias em que já não trabalho depois do almoço...). Isso fez com que fosse para a cama com o trabalho na cabeça e demorasse para dormir (mesmo com o livro a que me permito antes de apagar a luz!). Depois acordei várias vezes durante a noite com a sensação que tinha coisas para fazer (ah ok! não era sensação era mesmo verdade!). Despertei às 6.30 da manhã e quando voltei a adormecer Sua Alteza Real, A Criancinha chama por mim (7.10).

RESULTADO para esta manhã:
Escrevo uma linha e o meu cérebro pára.
Escrevo outra linha e vou comer bolachas de chocolate.

RESULTADO a longo prazo:
Sono crónico.
10 kg a mais.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Meteorologia (será que é mesmo assim que se escreve?)

Eu tenho o riso fácil. Sou um pouco antipática, mas sou muito bem disposta. Coleguinhas e amigos, é raro eu não dizer palhaçadas, vocês sabem!

Mas quem é que aguenta mais este tempo????

domingo, 7 de março de 2010

Oh tempo...

Já não sou a estudante de há uns anos atrás que se levantava cedo e se colava ao computador a trabalhar sem mais preocupações. A D. Adriana fazia o almoço, arrumava a casa, fazia-me a cama e passava a ferro. À noite a mãe punha o jantar na mesa e era só comer. Não tinha de pensar se tinha iogurtes para levar para a faculdade ou para o trabalho (ao fim-de-semana). Estava lá tudo.

Agora, enquanto corrijo o capítulo "Arqueologia Urbana" que o orientador mandou para trás (!), sei que tenho de reservar uma horinha desta manhã de domingo para ir às compras - as fraldas estão quase a acabar e dá sempre jeito ter latas de atum na despensa. Acrescentando notas de rodapé como se não houvesse amanhã, programo mentalmente o ménu desta semana.

Vá lá, exilei a minha miúda esta manhã para casa dos avós. E que já tomei o meu café...

sábado, 6 de março de 2010

1º dia de férias

Hoje é o primeiro dia de férias (ah... mais ou menos, porque hoje o dia começou a trabalhar - com um café, claro).
Acho que é a primeira vez na minha vida que não estou aos pulos no primeiro dia de férias. Quando estudamos e trabalhamos, as verdadeiras férias são as do "estudo", quando o corpo está cansado mas a cabeça pode estar vazia.
Quando acabar a tese pego na Luísa e vou rebolar um dia inteiro para a relva da Gulbenkian (S. Pedro, dá aí um jeitinho em Abril, tá?)

sexta-feira, 5 de março de 2010

O café no passado, o café no presente

A minha primeira recordação que mete café pelo meio, deve reportar aos meus 4/5 anos. Estou na cozinha a ajudar o meu pai a fazê-lo depois do jantar e a pedir muito para me deixar provar. Acho que ele deixava sempre...

Estava para iniciar este blog só quando acabasse o Mestrado, mas não aguentei. Preciso de vir ao computador sem ser para escrever sobre visitas guiadas, escolas e Arqueologia. Já comecei, vou até ao fim.