sexta-feira, 30 de abril de 2010

No meu sofá

Estou farta de estar sózinha em casa. Não é que não goste, mas às vezes aborrece, pronto(s)! A miúda está a dormir há uma hora e eu aqui, feita tonta no sofá, sem
saber o que fazer...
Amanhã sou uma pessoa normal. No dia 1 de Maio ninguém trabalha lá no sítio onde eu trabalho (sim, já sei que é sábado e tal, mas as pessoas que trabalham com folgas rotativas - como eu - ficam contentes, mesmo sendo ao sábado). Com um bocadinho de sorte e muito mel, consegui o dia 2 (domingo). O que quer dizer...

QUE CHEGOU A MINHA VEZ DE EXPLODIR DE FELICIDADE PORQUE É 6ª FEIRA!

Fomos ao...



Noo Bai, em Sta Catarina. Esta é a melhor esplanada de Lisboa!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Aniversário

Hoje faz 3 anos que saí de casa.
Faz 3 anos que tenho de me preocupar com iogurtes e lida da casa.

Hoje faço 3 anos de "casada" -» mas hoje é, sem dúvida, a data mais importante.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Eu não sou um alienigena, eu só não tenho fins de semana

Eu não trabalho de 2ª a 6ª, como a maioria dos mortais.
Eu trabalho com folgas rotativas. As folgas, para mim, são como o fim-de-semana para o comum dos mortais. Quando a minha folga calha num dia de CALOR, como hoje, aqui a boa da Maria Inês gosta de vestir uma coisa levezinha. Como se fosse fim-de-semana.
Hoje vesti um vestidinho azulinho de Verão, muito levezinho. A caminho da faculdade - hoje tive de lá ir, maldito Mestrado - senti que as pessoas me olhavam com ar estranho. Eu fui a pé, por uma das ruas mais movimentadas da cidade, onde toda a gente ia vestida para trabalhar.
E eu não. Ia com roupa de fim-de-semana. Mas eu ESTOU no meu fim-de-semana. E está calor!

domingo, 25 de abril de 2010

25 de Abril

Não há 25 de Abril que não me emocione. Deve ser a música, que me lembra a minha primeira infância. Nesta altura, a minha história (ou estória) preferida era contada pelo meu pai. Onde é que ele tinha estado no 25/Abril (sem qualquer alusão ao Baptista Bastos).
Claro que a ideia que eu tinha do 25 de Abril já foi mais romanceada. Senão vejamos.

Os meus pais diziam que eu era uma criança de Abril, que só tinha nascido porque o 25 de Abril tinha existido. Que se não fosse este dia eles não se tinham conhecido. E eu, imaginava o meu pai e a minha mãe a olharem um para o outro, em pleno 25 de Abril, no Chiado. Olhavam um para o outro, o meu pai oferecia um cravo vermelho à minha mãe e pronto, amor para sempre (ou quase, mas isso só saberia uns anos mais tarde).

Muito tempo depois, soube que eles se tinham conhecido, uns anitos mais tarde, num Partido Político que vivia na clandestinidade antes do 25 de Abril. Daí o "se não houvesse o 25 de Abril, tu não nascias". Romantismo por água abaixo!

sábado, 24 de abril de 2010

Meia hora para mudar a minha vida


Já não sou uma jovenzinha (embora este ano tenho tido - de novo - direito ao Cartão Jovem), mas se há coisa à qual eu não resisto é a um livro da Alice Vieira. Quando sai um novo, vejo, cheiro, pago, saio. Devoro nos dias seguintes. Ela deve ser a minha escritora favorita, não encontro paralelo com outra. Leio os livros dela desde a minha pré-adolescência (seja isso onde for).
No outro dia vi-a num café do Chiado. Estávamos ali, mesa com mesa. Fiquei a olhar embevecida, como se fosse uma adolescente urbano-depressiva e ela a vocalista dos Tokio Hotel. Claro que eu não queria um autografo no joelho, só se tivesse um livro dela na carteira. Mas fiquei com pena de não ter tido coragem de lhe ir dizer "Gosto mesmo de ti, pá!".

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Cremes

Sempre fui um pouco viciada em cremes.
Vai daí, hoje iniciei um creme para o corpo de uma marca relativamente recente no mercado, cujos produtos são feitos do resto das uvas que ficam depois de se fazer o vinho (acho que isto tem nome próprio, mas eu não sei). O meu pai, que percebe destas coisas, disse que o creme era bom e eu, louca por cremes, lá me besuntei toda hoje.
O problema é que aquilo cheira a vinho. Não me apercebi logo, só dei conta com o decorrer da manhã, porque sentia um cheiro esquisito à minha volta e ainda demorei um pouco a perceber que era de mim (oh God!).
Devo ter causado uma bela impressão no parque infantil. A respeitável mãe com a criancinha já se meteu nos copos às 10 da manhã...

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Menos é mais

Se eu mandasse nenhuma criança/adolescente apanharia uma seca num Museu.
Vejamos um caso prático:
Uma turma do 9º ano, vinda do Porto, marca uma visita orientada para um Museu de Lisboa. Horário: 16h. A visita era para percorrer todo o Museu, durante, 1h30m.
Ora, esta turma já tinha estado em outros locais ditos "cultos" em Lisboa durante o dia. E, no final do dia, ainda tiveram de levar com a missa cantada no Museu. E sabem o que eles levaram mais? A pouca vontade de voltar. Eles não vão chegar a dizer aos pais "oh, foi tão giro, vamos lá porque não vi tudo!". Não absorveram nada, não ficaram com vontade de voltar, não vão ficar com uma boa recordação.
Gostava que isto não acontecesse. Professores, metam na vossa cabeça que "menos é mais" e que não é assim que chegam à tão falada motivação dos alunos.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Que raio de dia

Do meu local de trabalho vejo o rio Tejo e boa parte de Lisboa.
Que raio de dia é este em que me sinto num beco sem saída, sem saber o que fazer?
Não era isto que eu queria? Então porque não mando o raio do mail?

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Fim-de-semana

Sexta-feira passada chegou a minha vez de pular de alegria. Quem tem um fim-de-semana por mês, como eu, quer aproveitar ao máximo. É que nem a chuva consegue estragar a boa disposição.

Obrigada queridos amigos que jantaram lá em casa no Sábado, porque deixaram a casa cheia de restos! Ontem à noite foi um fartóte de hour d'oeuvres. Mas não foi só por isso que gostei de vos ter lá. Há quantos anos andávamos a falar em fazer algo assim? Querida amiga da "terra que põe placas só quando nós chegamos porque no fundo ela não existe" - fico à espera do convite para a casa nova.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Numa sala de espera...

Não sei se perceberam mas ontem fui ao dentista... Como a caminho do dentista ia MUITO nervosa, resolvi comprar uma revista do social que sai às 4ªs feiras, para me descontrair enquanto esperava (infelizmente foram só 10 minutos).

Nessa revista percebi que sou uma besta. Uma jovem mãe, moça para a minha idade, à saída da maternidade com a sua cria, dizia que não conseguia parar de olhar para ela e que eram indescritiveis os sentimentos que tinha. Bom...
Eu não conseguia parar de olhar para a Luísa porque ela passou duas noites na maternidade a berrar; assim que ela fechava o olho, ÓBVIO que parava de olhar para ela - fechava os meus também. Os sentimentos que tinha eram de um profundo cansaço. Se me perguntarem: "ah e tal, mas não gostavas dela?". Então era minha filha, claro que gostava! Mas, pelo menos comigo, foi como apaixonar-me - um processo (sim, que eu não acredito em amor à primeira vista). Isto que estou a dizer pode chocar algumas pessoas, mas é sincero. Uma coisa foi o profundo instinto de protecção que senti; outra coisa foi felicidade de pular "ai que feliz que eu sou". Isso só lá para o fim do primeiro mês, quando as hormonas (sempre em grande) começam a acalmar...

E a moça lá continuava a dizer que com a filha tinha nascido também o ensinamento para tratar dela. Bolas, eu até tenho um irmão mais novo, mas vestia-a toda ao contrário e dei-lhe banho, pela primeira vez, quando ela tinha para aí uns 4 meses (não se assustem, o pai dava-lhe banho!). E as fraldas? Sabia lá eu pôr aquilo!

Devo ser mesmo uma besta.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

terça-feira, 13 de abril de 2010

Primavera

Tempos houve em que, agarrada à barriga, era capaz de rebolar a rir com pessoas que diziam ser alérgicas à Primavera. Pensando bem, ainda sou capaz de o fazer, porque acho que o melhor remédio para a vida é conseguirmos rir de nós próprios.

Ano passado - primeira Primavera com a Luísa - lá para Março, comecei a espirrar sem parar (parar, até parei, mas foi só lá para Setembro). Este ano, a mesma coisa. Tenho comichão na garganta, olhos pesados, cabeça pesada, pingo no nariz.
Fico melhor se tomar um antistaminico - claro aquilo põe-me a dormir e esqueço o meu estado deplorável.

sábado, 10 de abril de 2010

David Fonseca

Que concerto!
Das coisas que me dá mais prazer na vida é ir a um bom concerto. A companhia é quase sempre a mesma, "a minha amiga dos concertos" e é sempre divertido (até porque tudo o que fazemos é divertido, nunca nos aborrecemos nem daquela vez que fomos convidadas para ir a um concerto de japoneses no Teatro São Luíz e fugimos a meio...).
Voltando ao David Fonseca, o concerto foi mesmo bom. Porque - e não me venham com tretas - ele é um excelente músico. E cantou uma música dos Humanos e ainda deu um cheirinho de Silence Four (esse concerto, em 1998, mudou a minha vida; sim, eu estava lá no Pavilhão Atlântico!).
O Coliseu - por mais defeitos que tenha - é o Coliseu. Eu cá, gosto; foi lá que vi o meu primeiro concerto "a séria" da vida. Tinha 14 anos e fui ver Bjork (sei que tem aqueles pontinhos no "o", mas este teclado não tem).

sexta-feira, 9 de abril de 2010

?!?

Quando chega a minha vez de ficar eufórica quando é sexta-feira?

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Pessoal do meu Bairro

Eu gosto do sítio onde moro.
Talvez seja o sítio onde morei, até hoje, que mais gosto.
Grande parte da minha vida morei no Restelo. É local que sinto como minha casa. Quando lá vou, tenho uma sensação de paz que nunca mais encontrei em lado algum. É lá a minha casa, conceito que para mim sempre foi abstracto.
Depois mudei-me para Alfragide onde vivi 5 anos. Odiava lá morar, nunca me senti bem naquele bairro onde entrava e saía sem que ninguém desse por mim. Uma das razões porque eu não gostava de lá estar era o facto de ter perdido o estatuto de menina do Restelo que, "de surra" gostava de cultivar.
Agora, onde moro, há a familiaridade do Restelo com a vantagem de se estar no centro de Lisboa. Bem pertinho de uma estação de Metro, como eu sempre quis.
Quando vou ao parque com a Luísa encontro sempre as mesmas pessoas e falamos. Uau, eu sou uma pessoa conhecida no meu Bairro. Conseguem, aos poucos, levemente, passar-me um sentimento de pertença que é tão raro eu ter...
Hoje decidimos organizar-nos para reclamar na Junta sobre o estado do Jardim. Parece ser uma coisa em grande.

Vou ter pena quando sair daqui.
Estou desde 3ª feira em casa, por motivos de força maior (quem tem filhos...). Confesso que estes dias não me estão a saber mal de todo. O pior, é que tenho muito tempo para pensar...

Preciso de dar uma volta à minha vida. Já há algum tempo que sei que a vida, pelo menos a minha, é ciclica. Já passei por alguns ciclos, não muitos que só tenho 28 anos.
No Verão de 2005 fechei comecei a fechar um ciclo. Agora - e por outros motivos - preciso de começar a fechar outro. Bom, se não pensar assim dou em doida.
Tenho tanta coisa boa na vida, mas falta-me o abanão para isto andar para a frente como deve de ser. Preciso de mais tempo para fazer o que gosto. Preciso, principalmente, de ter o tempo quando quero.

Se eu não saio daquele sítio brevemente vou dar em doida.