domingo, 25 de abril de 2010

25 de Abril

Não há 25 de Abril que não me emocione. Deve ser a música, que me lembra a minha primeira infância. Nesta altura, a minha história (ou estória) preferida era contada pelo meu pai. Onde é que ele tinha estado no 25/Abril (sem qualquer alusão ao Baptista Bastos).
Claro que a ideia que eu tinha do 25 de Abril já foi mais romanceada. Senão vejamos.

Os meus pais diziam que eu era uma criança de Abril, que só tinha nascido porque o 25 de Abril tinha existido. Que se não fosse este dia eles não se tinham conhecido. E eu, imaginava o meu pai e a minha mãe a olharem um para o outro, em pleno 25 de Abril, no Chiado. Olhavam um para o outro, o meu pai oferecia um cravo vermelho à minha mãe e pronto, amor para sempre (ou quase, mas isso só saberia uns anos mais tarde).

Muito tempo depois, soube que eles se tinham conhecido, uns anitos mais tarde, num Partido Político que vivia na clandestinidade antes do 25 de Abril. Daí o "se não houvesse o 25 de Abril, tu não nascias". Romantismo por água abaixo!

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